sexta-feira, março 23, 2007

Procure observar mais a opinião das pessoas, sem colocar barreiras ou preconceitos.

AUTO AJUDA


A VERDADEIRA MELHORIA DO SER HUMANO VIRÁ A PARTIR DE UMA RADICAL MUDANÇA INTERIOR
Os mais velhos nos ensinam que um corpo são depende de uma mente sã. Mas como saber se temos uma mente verdadeiramente sadia? Richard Bach, em seu livro Ilusões, nos conta uma história interessante a respeito desse tema. Bach descreve uma aldeia de criaturas que vivem no fundo de um grande rio cristalino. Sua corrente passava silenciosamente por cima de todos eles, ricos e pobres, bons e maus. "Cada criatura, a seu modo, se agarrava fortemente às plantas e pedras no fundo do rio, pois agarrar-se era seu modo de vida e resistir à corrente era o que cada um tinha aprendido desde que nascera", narra o autor. Mas uma das criaturas se revolta com sua condição e decide parar de agarrar-se às plantas. "Embora não possa ver com meus próprios olhos, espero que a corrente saiba para onde está indo", disse a criatura ao soltar-se, deixando que a correnteza a levasse para onde quisesse. "Se me agarrar, morrerei de tédio", desabafou.

Bach narra sua história com emoção. Ele descreve que as outras criaturas riram e zombaram da que se libertou. "Louco. Se você se soltar, essa corrente o lançará sobre as pedras e sua morte será mais rápida que a causada pelo tédio", bradaram. Mas o fugitivo morador do fundo do rio não lhes deu ouvidos: soltou-se e foi lançado sobre as pedras. Com o tempo, no entanto, como se recusava a tornar a agarrar-se, a correnteza o levantou, livrando-o do fundo, e ele não se machucou mais. As demais criaturas, ainda atreladas á sua vida infeliz, exclamaram: " Um milagre! É uma criatura como nós, e no entanto voa! É o messias que chegou para nos salvar". Mas o feliz sobrevivente rebate: "Não sou mais messias do que vocês. O rio tem prazer em nos erguer à liberdade, se ousamos nos soltar". Bach, soberbo, nos ensina que o nosso verdadeiro trabalho é essa viagem, essa aventura .

Esta história retrata a vida de todos nós. Vivemos agarrados tenazmente a tudo aquilo que nos ensinaram como sendo o modo correto de viver, e procuramos de todas as formas adaptar as circunstâncias à nossa vontade. Não pensamos jamais em nos ajustar à vida que nos rodeia. Assim, se no trabalho as coisas não vão bem, culpamos o comportamento dos colegas , dos chefe, etc. Não admitimos que se fôssemos mais flexíveis não seríamos atingidos pelo procedimento dos que nos cercam. Em família passamos pelo mesmo problema. Sofremos se aqueles com quem convivemos não agem exatamente como esperávamos que agissem. E pretendemos sempre que eles correspondam aos nossos anseios. Mas por que não os aceitamos como são e procuramos entender o porquê de seu modo de ser? À medida que nos agarramos às fictícias plantas do fundo do rio de Bach para evitar que a correnteza nos carregue, nossa mente adoece.

O medo dos novos rumos e mundos que iremos conhecer corrói nossa capacidade.Nossa mente não está confinada a limites tão mesquinhos : ela anseia por ampliar-se, por tocar o universo. E quando a mente adoece, o corpo somatiza. É nessa fase de nossas vidas que surgem enfermidades inexplicáveis: aquela estranha doença nas pernas , porque a situação que vivamos no momento "não pode continuar assim". Ou aqueles acessos de asma, porque "não podemos respirar o ar de nossa casa". Ou ainda aquela úlcera e a gastrite que nos atingem, por estarmos "engolindo situações" que nos fazem mal.

MUDANÇA INTERIOR
Se o problema está na mente, não adianta sanar o corpo, porque qualquer terapia não seria definitiva. O primeiro passo para a verdadeira cura está na mudança interior, na capacidade de saber procurar a própria felicidade na compreensão e na adaptação constante às

situações que se apresentam. A mente se solta, aprende a sentir a maravilhosa experiência que é viver. Sim, pois se nos soltarmos das plantas do fundo, o rio tão bem descrito por Bach terá prazer em nos erguer à liberdade. É quando veremos que nosso verdadeiro papel nessa vida é a viagem descrita em sua história, uma aventura sem igual.

(Da revista Esotera)