quinta-feira, julho 12, 2007

DICA DO DIA

SE OS HOMENS COMPREENDESSEM MAIS, JULGARIAM MENOS.

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

O IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Até bem pouco tempo atrás, as mudanças no clima pareciam ser apenas um tema muito árido para ser tratado pela maioria das pessoas e muito distante do nosso dia-a-dia. Hoje, porém, o que era objeto de discussão apenas de cientistas e ambientalistas tem surgido cada vez mais nos noticiários de TV e nas conversas dos cidadãos comuns. Não é para menos: conforme foi previsto pelos estudiosos, os efeitos das alterações no clima estão começando a ser sentidos com maior frequência, de modo mais grave e por todo o planeta. Prova disso foi a onda de calor que atingiu a Europa em 2003, matando milhares de idosos e crianças, mais suscetíveis às variações de temperatura.
Na América Latina, as consequências dessas mudanças vão desde a retração das geleiras nos Andes, o que torna o abastecimento de água em cidades como Lima (Peru) cada vez mais difícil, até o aumento da incidência dos raios ultravioleta, que causam câncer de pele, sobre largas porções do Chile e da Argentina. Neste exato momento, uma expedição do Greenpeace está na Patagônia e na Terra do Fogo, avaliando a diminuição das àreas glaciais e colhendo relatos de moradores sobre as modificações na vida local.
Ao mesmo tempo, a Universidade de Leeds, na Inglaterra, anunciou o resultado da soma de diferentes estudos que vinham sendo realizados em vários países. Inclusive no Brasil, sobre os impactos das mudanças climáticas em animais e plantas. Como para a sobrevivência de cada espécie da Terra existem condições de temperatura, umidade e variação das estações que são essenciais, com a alteração dessas condições, os riscos de extinção das espécies crescerem.
Segundo o estudo, se houver um aumento de 1,8ºC a 2ºC na temperatura média do Planeta, estimativa tida como provável, ocorrerá o desaparecimento de 24% das espécies vivas conhecidas. Das 163 espécies de plantas do Cerrado brasileiro analisadas na pesquisa, 52 poderão desaparecer.
Uma das soluções propostas para o problema é a imediata entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, um acordo feito entre os diversos países que poluem à atmosfera com os gases que causam o "efeito estufa" para as redução de suas emissões. No entanto, para que o protocolo passe a valer , é preciso que a Russia ratifique o acordo, o que tem sido adiado, por clara pressão dos Estados Unidos.
Reunidos em Milão, em dezembro último, países do mundo todo não conseguiram fazer as soluções avançarem. Em vez de exigirem dos países poluidores a redução do lançamento de gases na atmosfera, dedicaram-se a estudar medidas paliativas, como o plantio de florestas (de espécies transgênicas) em países em desenvolvimento.
O Greenpeace continua exigindo a ratificação do Protocolo de Kyoto pela Rússia e a sua imediata aplicação no mundo todo, a adoção de medidas que reduzam as emissões de gases poluentes na atmosfera e o financiamento de soluções que evitem novas fontes de poluição do ar.
Por Sérgio Dialetachi