quinta-feira, julho 22, 2010

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA


A AGONIA DAS FLORESTAS ANTIGAS

As florestas antigas do planeta são importantes pólos de biodiversidade. Juntas, as florestas boreais, temperadas e tropicais, mais as de coníferas e os manguezais, mantém os ecossistemas, essenciais para a vida na Terra. Elas influenciam o clima, controlando a chuva, a evaporação da água do solo e armazenando grandes quantidades de gás carbônico, que de outra maneira colaborariam para o aquecimento global.
Esses ecossistemas abrigam cerca de dois terços das espécies de plantas e animais terrestres do mundo. São ainda a moradia para milhares de povos que dependem de seus recursos naturais para sobreviver física e espiritualmente.
Desde 1950, o equivalente a um quinto das florestas do mundo foram destruídas e cerca de dez milhões de hectares são desmatados ou degradados anualmente. Isso representa a destruição de uma área do tamanho de um campo de futebol a cada dois segundos. Cinqüenta e nove países - do Reino Unido à Moçambique, de El Salvador à Grécia - já perderam todas as suas florestas antigas. Em muitos outros lugares, elas estão em iminência de extinção.
Estima-se que cerca de 24% dos mamíferos, 12% dos pássaros e quase 14% das plantas enfrentam a ameaça de extinção - grande parte em conseqüência da destruição das florestas, seus habitats.
Apesar desse cenário, ainda é possível evitar a destruição das florestas antigas remanescentes e de preservar os povos e as espécies que delas dependem. O primeiro passo nesse sentido pode ser dado na Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB), que acontece neste mês de abril, em Haia, Holanda.
A CDB, elaborada e adotada durante a ECO-92, é um tratado internacional que identifica problemas ambientais, determina objetivos, políticos e deveres comuns de preservação ambiental, além de organizar sistemas multilaterais de cooperação técnica e financeira. Através desse acordo, governos assumem o compromisso de conservar e proteger a biodiversidade a fim de manter o equilíbrio ecológico do planeta.
Por isso, o Greenpeace exige dos países que participam da CDB que parem imediatamente com a destruição, suspendendo novas atividades industriais nas áreas intactas de florestas antigas até que projetos sustentáveis e apropriados de uso da terra sejam acordados. Além disso, a organização exige fiscalização global do comércio de madeira, a fim de garantir mecanismos de extração legal e ecologicamente responsável.
O Greenpeace pede ainda a todos os 189 países-membros da ONU que destinem US$ 15 bilhões anuais para criar um fundo global para o desenvolvimento de projetos ecologicamente sustentáveis nas áreas florestais. Se esse montante for comparado aos US$260 bilhões que os Estados Unidos gastam por ano em atividades militares, fica evidente que a organização não está pedindo muito.
(Por Nicolas Farfel e Rebeca Lerer)

VOCÊ SABIA?

FIQUE DE OLHO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição e comercialização de 15 marcas de palmitos do Paraná. A alegação é de que as embalagens ou os produtos estão em desacordo com as normas da Agência.
As marcas proibidas são as seguintes:
Braspalm,
Diamante,
Image,
Ideal,
Costa Nobre,
Ivaí,
Panambi,
Goa,
Dicom,
4001,
Amazônia,
Coopalm,
Yaco,
Cabo Blanco,
Palmira.
Todos os fabricantes são do Estado do Paraná