quinta-feira, abril 05, 2007

AUTO AJUDA

ACEITAR A SOLIDÃO O PRIMEIRO PASSO PARA ACABAR COM ELA.
Sozinho todo ser humano é, mais há momentos em que duas pessoas se encontram - e conhecem o "Estado de Graça". Só será capaz de vivê-los - quem sair da concha e aproveitar as poucas vezes, na vida, em que isso acontece.
A solidão é intrínseca ao ser humano. O homem nasce só, morre só e vive só, mesmo tendo família, um amor, amigos. No máximo pode estar junto de alguém, mas nunca esperar que o outro sinta por você, nunca comunhão completa. Difícil de aceitar!
Mas difícil ainda quando a gente nunca pensou nisso e se julga a única solitária do planeta. Ou culpa a magreza, as gordurinhas a mais, as espinhas, a timidez, seja lá o que for pela nossa solidão
Mas vamos por partes. Vamos pensar juntas. É claro que, ao mesmo tempo que o homem é um ser sózinho, ele é também um ser social que busca o encontro, a relação amorosa. Só que essa sensação maravilhosa não acontece o tempo todo na vida da gente. Um grande amor é como uma festa, e a vida não é uma festa constante - ou você, por acaso, vai a festinhas todos os dias?
Se nos 60 anos que dura, em média, nossa vida, esse verdadeiro "estado de graça" que é estar apaixonada (e correspondida) acontecer, umas quatro ou cinco vezes, já está pra lá de bom!...
E o que é que faz a gente ter paciência para esperar esses momentos, vivendo sem desespero enquanto eles não vêm? A infância que se teve influi bastante. Se uma criança é amada, cuidada, respeitada, seus defeitos encarados com tolerância, ela desenvolve um forte sentimento de confiança em si mesma, uma certeza de que o amor virá. Mesmo que demore. Por que ela sabe que merece.
Ninguém é mais susceptível que uma criança ao sentimento de solidão. Um pesquizador francês, René Spitz, provou isso estudando bebês hospitalizados que sofriam de uma doença chamada depressão anaclítica. Separados das mães e sem uma figura substituta com quem estabelecer uma relação afetiva eles primeiros choravam, depois ficavam apáticos e por fim entravam num processo de degeneração física, com queda da resistência imunológica, chegando a morrer. De solidão.
É, portanto, o amor dos pais que nos prepara para suportar pela vida é possível "se aguentar sozinha". Aí, a tentação de ver-se cheia de defeitos e fantasiar que um príncipe qualquer a "salve" das inseguranças, medos e timidez é grande. Mas não funciona.
Porque é lógico que você não é a menina mais feia do mundo. Vai ver tem olhos bonitos, talento musical, um coração enorme, tanta coisa boa, que você nem percebe. Depois, não é rapaz nenhum que vai fazer aflorar tudo isso que está escondido. A gente pode (e deve) querer partilhar a vida com outra pessoa, mas não depende dela para sobreviver, comunhão completa e perpétua não existe, lembra?
E sabe o que mais? Quando a gente se afunda na solidão, se fecha dentro de si e espera que alguém abra a porta, corre dois riscos. Um é o de ninguém encontrar a chave. De que jeito, se você não indicar o caminho, não sair da concha, não mostrar que existe? O outro é o de entregar a chave a quem não merece. Só para não ficar sozinha. "Antes mal acompanhada do que só". Terrível o ditado, não?
As relações humanas não são fáceis para ninguém. Se você aceitar isso e não depositar tantas expectativas nos amigos, num possível namorado - fora de você, enfim - é meio caminho andado. Porque diante de uma pessoa relaxada, feliz consigo mesma, todo mundo fica mais à vontade. E se aproxima sem medo. Afinal, os outros também estão caminhando pela vida à procura de encontros.
(Autor desconhecido)