sábado, junho 30, 2007

DICA DO DIA

NÃO COMPETIR, ESTIMULAR. NÃO JULGAR, COMPREENDER.

O PODER DA MENTE SOBRE A MATÉRIA

CONCORDÂNCIA
É realmente lamentável que haja escolas de pensamento empenhadas em negar a importância do mundo material e negar que ele tenha uma função ou um lugar no plano cósmico. O homem não precisa glorificar o plano material, mas tem de admitir que ele tem uma finalidade, sob pena de ser irracional em sua concepção da vida. Devemos compreender as maravilhosas leis da natureza, tais como se manifestam na matéria. Devemos compreender melhor o corpo mortal que no serve de veículo. Com uma apreciação melhor do mundo físico, podemos harmonizar mais profundamente nossas duas naturezas, e a vida pode se tornar uma experiência extática. A necessidade deste interessante estudo das leis naturais e da finalidade da criação material é magnificamente expressa nas palavras de William Ellery Channing, teólogo e filósofo, as quais reproduzimos abaixo
A matéria foi feita para o espírito; o corpo, para a mente. A mente é o objetivo desta organização viva de carne e ossos, nervos e músculos; e o objetivo deste vasto sistema de mar e terra, ar firmamento. Esta ilimitada criação de Sol, Lua, estrelas, nuvens e estações, não foi decretada meramente para nutrir e vestir o corpo, mas, primeiro e acima de tudo, para despertar, nutrir e expandir a alma, para ser a escola do intelecto, o berço do pensamento e da imaginação, um campo para os poderes ativos, uma revelação do Criador, e um laço de união social. Estamos colocados na criação material, não para sermos seus escravos, e sim para dominá-la, e para torná-la um instrumento dos nossos poderes superiores. É interessante notarmos o quanto o mundo material faz para a mente. A maioria das ciências, artes, profissões e ocupações da vida, decorrem da nossa ligação com a matéria. O filósofo natural, o médico, o advogado, o artista e o legislador, têm na matéria os objetivos e as oportunidades de suas pesquisas. O poeta recebe da matéria suas belas imagens. O escultor e o pintor expressam suas nobres concepções através da matéria. Necessidades materiais impelem o mundo à atividade. Os órgãos materiais dos sentidos, especialmente os olhos, suscitam uma infinidade de idéias na mente. Sustentar, portanto, que as massas dos homens estão e têm de estar imersas na matéria a tal ponto que sua alma não possa se elevar, é contradizer o grande objetivo de sua ligação com a matéria. Eu sustento que a filosofia que não vê, nas leis e nos fenômenos da natureza exterior, os meios para despertar a mente, é lamentavelmente insensata; e que um sistema social que abandona as massas dos homens a viverem oprimidos e com a alma faminta por excesso de dedicação à matéria está em conflito com os desígnios de Deus, e transforma em meio de escravização o que foi criado para libertar e expandir a alma.
William Ellery Channing, 1780 - 1842